Na última quarta-feira (26) o vereador Washington Bortolossi fez uso da tribuna para falar da situação em que se encontra nosso pais, as manifestações e movimentos sociais e o momento politico de nossa cidade.

“Recentemente li um texto do cientista politico Fernando Schuller, que tratava exatamente deste assunto entre os políticos e a população, mas que destacava o momento das Instituições do nosso país. Não faltam sugestões sobre o momento em que passa o nosso país, alguns políticos sugerem que a presidente Dilma deve Renunciar, outros pedem novas eleições, outros ainda até mesmo a tomada do poder na força.

O país teve chance de mudar, mas a maioria decidiu deixar as coisas como estavam, dando mais 4 anos de chance ao atual governo. Há cerca de 10 meses já sabíamos bastante sobre a corrupção na Petrobras, já tínhamos inúmeros desfechos do Mensalão e tantas outras noticias que só fazem a população desacreditar na classe politica.

As manifestações são justas e legitimas, fazem parte da Democracia, mas seja quais forem as ações até o momento NÃO são suficientes para tirar a presidente do poder. Não se poe e não se tira esta ou aquela pessoa a qualquer momento, mesmo com tamanha insatisfação. Muito tem-se falado em Impeachment, mas este é um processo que depende de autorização e julgamento da Câmara e do Senado, mas para isso é necessário embasamento legal e jurídico observando os critérios previstos na nossa constituição.

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Acompanhamos diariamente os problemas de nossa cidade, de nosso estado e nosso pais, e afirmo que não vivemos uma crise politica ou institucional, mas sim uma crise de pessoas, que escolhem o dinheiro, que escolhem o poder pelo poder e não para representar ou atender os anseios da população.

Vemos atualmente inúmeras ações de instituições que se fortalecem a cada dia, obvio que em todas existem problemas, mas são estas instituições (Ministério Publico, Policia Federal, Tribunal de Contas) que hoje representam mesmo que de maneira forçada a transformação que a sociedade nos pede, pois grande parte dos políticos se mantem omissos as suas reais funções. Talvez hoje não tenha mais como dizer que as esferas do poder são independentes e harmônicas, mas antes de criticarmos algumas intervenções temos também que refletir sobre suas causas e quem são os responsáveis por tamanha dependência e falta de dialogo”.
Antes de concluir o vereador fez menção ao momento politico local, tomando por base este período de filiações e possíveis mudanças com a “reforma politica”.

“Esperávamos uma reforma politica, e esta não aconteceu, o máximo que observamos foram algumas tentativas de reformas eleitorais, na forma de montar os grupos e decorrer das eleições. Neste momento cabe-nos uma grande reflexão: SERÁ QUE QUEREMOS DE FATO UMA TRANSFORMAÇÃO? … SERÁ QUE QUEREMOS DE VERDADE MUDANÇAS? Digo isso, pois temos visto muito “barulho” nas ruas e nas redes sociais, mas na hora de tomar decisões, na hora de se posicionar e em especial na hora de votar, não é isso o que acontece.

Quem tem vontade de mudar, quem quem lutar por mudanças, precisa vir fazer parte da politica e não se omitir. A política precisa de pessoas de bem, estamos carentes de novos líderes. Sabemos que todos temos erros e somos humanos, mas quando se trata de representar a população não podemos errar, temos que dar o nosso melhor. Procurem os partidos e os grupos com os quais tem mais afinidade, com boas ideias, evitem votar naquelas que desapontaram ou não cumpriram com seu papel após eleitos, só assim poderemos iniciar estas mudanças, caso contrario continuaremos reféns de um sistema falido, onde os interesses pessoas ou de grupos selecionados fazem o que querem e quem paga a conta é sempre a população.

Tenho certeza de que agir diferente é possível, tenho certeza de que é possível fazer politica sem ter que aceitar tudo. Posicionamentos agradam e desagradam, mas temos que nos posicionar, como tenho dito, se algo é bom para a população me posiciono a favor, se é ruim tenho o direito e a liberdade de ser contra, precisamos ser mais coerentes. É obvio que em alguns momentos teremos que enfrentar a realidade votando assuntos e medidas indigestas, porem, desde que tenhamos o retorno correto destas ações e não para privilegiar um ou outro ou se render aos caprichos de nossos gestores. Nem que isso custe o meu mandato, mas assim pretendo continuar”. (WB)