Na última terça-feira, 24, o Museu Municipal “Padre Francisco de Paula Lima” abriu oficialmente a exposição “Abril: Romaria a Pirapora”, com fotos de diversas romarias, ao longo de mais de 50 anos de tradição.

A tradição da Romaria de Itatiba a Pirapora teve início na década de 1950, quando um grupo de amigos, encabeçado por João Padilha e composto de homens como Mário Generoso, Manoel Generoso, José Costa, Adolfo Costa, José Roson, José Álvaro Campos, Antonio de Castro (Padilha), Jorge Teixeira, Armando Belgine e muitos outros devotos resolveram fazer a peregrinação até o Santuário do Bom Jesus.

O trajeto era normalmente feito em lombo de animais, mas também faziam parte do cortejo charretes, bicicletas, veículos automotores e também muita gente a pé.

”É muito importante para nossa cidade recordar algo que carrega a cultura itatibense, a última romaria aconteceu quando eu tinha 11 anos de idade. Nessa esfera temos feito várias ações para esses resgates históricos: recentemente recebemos visitantes da Itália e lembramos as raízes italianas que Itatiba tem, e no dia 29 de abril, faremos um evento comemorando os 130 anos do dia em que os escravos de Itatiba foram libertos, além de outras passagens importantes da cidade”, comenta Douglas Augusto Pinheiro de Oliveira, Prefeito de Itatiba.

“Essa exposição é uma tradição muito gostosa de recordar, já que faz parte da história da população de Itatiba e me fez lembrar de quando era criança, quando ia assistir com minha avó todo pessoal passar. Agradecemos todos por essa oportunidade e que seja um ponto de partida para que as pessoas possam relembrar essa época e trazer mais materiais para serem expostos e recordados”, lembrou o Secretário de Cultura e Turismo, Washington Bortolossi.

Um dos participantes da Romaria, José Benedito Corrêa da Silva, relembrou como se iniciava a viagem até Pirapora. “Era uma tradição aqui em Itatiba no mês de abril, saiam primeiro os bicicleteiros, os charreteiros e depois os cavaleiros, passávamos em frente a Matriz e a festa ficava superlotada para nos receber, descíamos até a Comendador Franco e seguíamos até a 29, era uma coisa muito bem organizada,” recorda.

A exposição ficará aberta ao público até o dia 10 de junho, de terça a sexta, das 9h às 18h e aos sábados, domingos e feriados, das 12h às 17h, com entrada gratuita. O museu localiza-se na Praça da Bandeira, 122 – Centro.

Colaboraram para o sucesso da exposição com acervos de fotos e itens pessoais, as famílias de Manoel Generoso, João Padilha, Marcos Mutton, Eduardo Belgine, Carmo Bredariol, Antonio Pádua dos Santos (Tonhão Moleiro), Caludio Belgini, Edson Coletti, Zequinha Sarti e Marcelo “Matraca” Grilo, que atuou como coordenador do material exposto.